Mais um domingo
Um grande amigo meu, Daniel, fez há uns dois anos um belo filme sobre a nossa ânsia em ter que aproveitar o domingo de toda forma. Ele mostra de forma direta e certeira o "desespero" da humanidade em se fazer existir nesse único dia da semana.
As pessoas - filmadas de forma natural na praia - precisam curtir tudo ao mesmo tempo, se não vão ficar frustradas, porque mais um domingo se foi e elas não beberam, nem tiraram uma casquinha de alguma mulher gostosa ou de um homem gostoso, nem dançaram brega na calçada, e nem comeram um lanche que não se come durante a semana.
É como se nos outros dias da semana nós apenas fossemos coadjuvantes de uma existência qualquer, que não é a nossa, mesmo.
Ao assistir a pequena obra prima (pequena apenas na duração, aproximadamente 8'), fiquei com uma vontade danada de me permitir passar o domingão totalmente a parte do mundo. Sem ficar correndo de um lado para o outro.
E também alienado. Sem saber quem ganhou o fla x flu, ou quantos policiais foram mortos em São Paulo. Ou ainda quantas crianças ficaram feridas em um acidente no interior de algum lugar desse país.
E hoje estou assim, querendo ficar somente tomando sorvete de flocos e no máximo indo a um cineminha ver os mutantes salvarem o planeta. Quero passar mais um domingo lesando, sem me preocupar com nada.
A você Daniel, por mais um domingo de boas lembranças!
As pessoas - filmadas de forma natural na praia - precisam curtir tudo ao mesmo tempo, se não vão ficar frustradas, porque mais um domingo se foi e elas não beberam, nem tiraram uma casquinha de alguma mulher gostosa ou de um homem gostoso, nem dançaram brega na calçada, e nem comeram um lanche que não se come durante a semana.
É como se nos outros dias da semana nós apenas fossemos coadjuvantes de uma existência qualquer, que não é a nossa, mesmo.
Ao assistir a pequena obra prima (pequena apenas na duração, aproximadamente 8'), fiquei com uma vontade danada de me permitir passar o domingão totalmente a parte do mundo. Sem ficar correndo de um lado para o outro.
E também alienado. Sem saber quem ganhou o fla x flu, ou quantos policiais foram mortos em São Paulo. Ou ainda quantas crianças ficaram feridas em um acidente no interior de algum lugar desse país.
E hoje estou assim, querendo ficar somente tomando sorvete de flocos e no máximo indo a um cineminha ver os mutantes salvarem o planeta. Quero passar mais um domingo lesando, sem me preocupar com nada.
A você Daniel, por mais um domingo de boas lembranças!
2 Comments:
Que os domingos se entrelaçem e formem fileiras de sete em sete em nossos calendários...
Muito bom irmão. Tua escrita supera o tamanho do gigante grande.
Bjo.
"(...)É como se nos outros dias da semana nós apenas fossemos coadjuvantes de uma existência qualquer, que não é a nossa, mesmo.(...)"
Ótimo texto, Tiago. Agora que todos os dias sao pra mim como domingo, posso me lembrar sem magoa do tempo em que para mim domingo era "o dia" de rever amigos, fazer trabalhos para faculdade, encontrar namorado...O pior, o mais frustrante de todos esses domingos foi o da primeira semana em que trabalhei no turno da noite (de 24:00 as 8:00) depois de uma semana de trabalho exaustivo, pensei chegou o dia! Marquei com uma amiga na praia e ainda pretendia ir ao cinema mais tarde. Chego eu no domingo as 9:00 em casa e penso, agora durmo umas tres horinhas, depois vou para praia e assim aproveito meu domingao de proletaria. E a frustracao dessa história veio na hora em que acordei e percebi que já eram 19:30.
um abraco
*Meu pC nao tem cedilha, nem tio e apesar de ter acento agudo, as vezes esqueco de usar. Perdoa ai!
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