18.6.10

Adeus, José



Hoje é um dia muito triste e estranho. Acabei de ouvir no rádio que José Saramago fez sua última viagem neste mundo. Aos 87 anos, um dos maiores escritores de língua portuguesa, se despediu serenamente de sua família, em casa, na ilha de Lanzarote, nas Canárias.

Não consigo conter as lágrimas. Não apenas por ele, mas por todos nós, seres finitos que somos. A chuva que havia parado voltou a molhar.

Lembro que o primeiro livro que li dele foi um conto. "O Conto da Ilha Desconhecida". Uma pequena história sobre as delicadezas dos desencontros amorosos.

Depois desse já foram mais de 15, e tenho a impressão que um dia chegarei a ler todos os livros que ele escreveu. Inclusive no momento estou lendo o incrível "O Homem Duplicado".

Uma perda inestimável. De todos os escritores que leio, Saramago era o mais próximo, o que falava mais perto, do que imagino ser a vida.

Saramago continuará vivinho da silva. Como disse Salvador Dalí: "Os gênios não morrem jamais".

Adeus, José. Assim simples, tranqüilamente, como a forma que você escolheu para contar tuas grandes histórias e pequenas memórias.

1 Comments:

Blogger matraka said...

O Homem Duplicado e uma obra de arte e posible na via real!. Espero que disfrute muito!

Dali tenia razon!

2:50 PM  

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