13.6.06

É hoje!

O país pára.

Ninguém trabalha.

A cachaça é grande.

O alegria nem cabe nos corações.

A bola é religião.

O nervosismo toma conta, a tristeza tem que passar da porta pra fora.

Vamos lá!

Deus me livre da pretensão de ficar analisando essa paixão do povo brasileiro pelo futebol.

Paixão é uma coisa sobrenatural.

Essa nem Freud explica...

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Eu odeio futebol, odeio copa do mundo, odeio esse esquecimento coletivo de todos os problemas pessoais e globais. Mas hoje...lá vem o lado contraditório...me apaixonei pelo que vi, ouvi e senti. Em plena luz do dia, num lugar cheio de pessoas normais na Alemanha, vi fas da Coreia gritando coisas que nao entendi, batendo tambor e pulando de alegria e depois vi espanhois gritando e comemorando o fato de estarem no pais da copa, num pais onde quase sempre nao se ouve nada a nao ser o encontro dos sapatos com o chao...ai eu percebi que apesar de nao gostar de futebol, adoro uma fuzaca, bagunca, muvuca, seja ela atraves ou nao do futebol. Falar em paixao já seria exagero, mas essa energia que arrepia o corpo quando o locutor avisa que Ronalllllldinho pegou a bola, poxa essa é uma coisa boa de sentir.

6:27 PM  
Anonymous Anônimo said...

Meu Caro,
engana-te ao dizer que não poderia explicar todo esse sentimento, que chega tão próximo dos sintomas clássicos de histeria, por este esporte que desperta tanto interesse em função de sua forma de disputa atraente, e que se enquadra na minha teoria da mente e da conduta humana. Em sentido figurado, a Copa torna-se a verdadeira guerra entre o "id" e o "superego", nascida dos processos primitivos do pensamento e, devido a questões morais e sentimentos dolorosos, a ponto de não suportá-los, são apenas despejados e expulsos do consciente na alegria nacionalista do gol. Basta olhar-mos pra história e verás o quão se aproxima das aflições do "ego" humano. Assim como os Chineses, que por volta de 3000 a.C, onde seus militares praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Ou como os Gregos e Romanos, com o que chamavam de "episkiros", onde soldados usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra, tomando o jogos uma conotação muito violenta. Ou na Itália medieval, com seu "gioco del calcio". Os participantes levavam para campo seus problemas causados, principalmente por questões sociais típicas da Idade Média. Muitos morriam em jogo. Isso mostra que os humanos nascem "polimorficamente perversos", e necessitam de regras éticas para viver socialmente. Foi quando o "gioco del calcio" saiu da Itália e chegou a Inglaterra, por volta do século XVII. No ano de1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol.
E os brasileiros então, com seus problemas sociais diretamente proporcional a sua extensão territorial?! Tudo por causa de Charles Miller, que na volta ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol, um conjunto de regras e a virose apaixonite-eufórica-futebol-clube.
FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY.
Agora... estando eu vivo, e tendo eu nascido em Příbor (antiga Freiberg), um município na República Checa na região da Morávia, realizando-se tua previsão nas oitavas, com um golzinho de Koller aos 44:23 minutos do segundo tempo. Ai, ai, ai... dessa vez, morreria de overdose de paixão. Eita pá furada...

2:55 PM  

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