11.7.06

Memórias...Hein?!

Não vou mais falar de Copa do Mundo. Chega! Pelo menos nos próximos 4 anos. Como bom brasileiro tenho memória curta e já esqueci a nossa campanha no Mundial da Alemanha... Mundial? Que Mundial? O de noventa?

Vamos falar de outros assuntos. Que são sempre os mesmos. Agora temos eleição. Maravilha hein? Façamos um exercício besta, mas de suma importância. Você se lembra em quem votou na última eleição para deputado estadual e federal?

Ok? Fácil essa pergunta, né? Aumentemos então o nível de dificuldade: Você sabe qual desses cadidatos, que aí estão, pedindo seu voto novamente com a maior cara lisa, estão envolvidos em escândalos, roubalheiras e trambicagem (essa palavra é linda)? Porque ninguém faz uma "listinha" mostrando a cara, o nome completo e a legenda dessas criaturas?

A culpa é toda nossa. Não temos memória, nem amor próprio para com o nosso bolso e nossos interesses coletivos. É cada um por si e deus contra todos. Salve-se quem puder!
"Deixe meter a mão", diz um bonzinho. "É assim mesmo", fala o outro conformado. E nessa pisadinha seguimos com quase 25 anos dessa "democracia", onde poucos levam tudo e a todos resta ficar olhando e achando bonito. Nos unamos contra a safadeza generalizada.

Pois é... Faça um esforcinho. Tente lembrar onde você passou as férias de 2000. E o reveillon de 2004 para 2005? Você estava onde? Parece bobagem, mas quando foi a última vez que você deu flores a alguém que ama? Esse sim é o verdadeiro exercício de cidadania. Preserve sua memória. Respeite sua inteligência. Passe um pano úmido. Tire a poeira. Use o espanador da consciência. Esse é o ponto necessário para não sofrer depois com "dores-de-cabeça" incuráveis.

E tenho dito!

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Meu caro,
este assunto muito me apetece. Passei toda minha vida procurando meios de estimular memórias que estão além da consciência, nos mais ocultos recantos da mente humana. Poderia aqui passar dias discorrendo sobre memória declarativa, memória não-declarativa, memória episódica, memória semântica, memória RAM e ROM, que os tempos são modernos e não nos deixam mais armazenar nada. Tá tudo na agenda eletrônica, CD-ROM, no Hard Disk, Pen Drive.

- E aí?! Você sabe o telefone de Fulano?
- Eita, meu celular descarregou. Depois te passo.

A memória só funciona com eletricidade. Bastam-nos 9 volts. Chega a ser uma amnésia pós-moderna. Necessitamos de um esforço mental mesquinho e uma enorme capacidade de reter, recuperar, armazenar e evocar informações em kilobits.
E imagina só se chegarmos ao ponto tecnológico de recorrer a uma empresa especializada em apagamento de memórias? Alguém lembra o nome desse filme, por favor?! Tem gente que não lembra. Tem gente que quer esquecer. Ai, ai...
Vamos um pouco mais além. O que falar então do déjà vu (já visto)? Seria este um vislumbre do mecanismo do Universo? Como pode alguém lembrar de algo que não aconteceu ainda? Nem o tão falado elefante consegue tal proeza. E exitem aquelas pessoas com déjà vu crônico. Falha no lóbulo temporal, devido ao mau funcionamento de um circuito que é acionado quando alguém lembra de algo. Nessas pessoas o circuito é super-ativo ou fica permanentemente acionado, criando memórias que nem existem. Vixe que confusão na mente. Deveria eu, ter estudado as Mabuyas, sendo elas nigropalmatas ou agilis. Menos problemático.
E quanto as eleições, vai uma sugestão: salva o nome dos candidatos no bloco de notas do computador, e faz um backup num disquete ou CD-RW, que não dá pra confiar só nessas máquinas. Muitos menos em alguns dos candidatos. Haja déjà vu na conjuntura. Eita pá furada...

1:15 PM  
Anonymous Anônimo said...

E eu que tive sorte, rapaz. Ganhei na loteria 134 vezes. Hoje moro numa ilha maravilhosa, a terra do nunca... Nunca serei preso... Eita pá furada mesmo!

10:01 AM  
Anonymous Anônimo said...

Platão, através de Sócrates em seu diálogo com Fedro, nos traz ao conhecimento uma lenda egípcia. Thot, deus a quem era consagrada a ave íbis, inventou os números e o cálculo, a geometria e a astronomia, o jogo de damas e os dados, e a escrita. Durante o reinado de Tamuz, o deus ofereceu-lhe suas invenções, dizendo-lhe para ensiná-las a todos os egípcios. Mas Tamuz quis saber de suas utilidades e, enquanto o deus explicava, o faraó censurava ou elogiava, conforme essas artes lhe parecessem boas ou más. Quando chegaram à escrita Thot disse que aquela arte tornaria os egípcios mais sábios e lhes fortaleceria a memória. No entanto, Tamuz respondeu-lhe que a escrita tornaria os homens esquecidos, pois deixariam de cultivar a memória. Ao confiar apenas nos livros, só se lembrariam de um assunto exteriormente e por meio de sinais, e não em si mesmos. Os homens tornar-se-iam sábios imaginários.

Comcomitante com este fato, tem-se que a memória humana possui suas limitações, isto é, o indivíduo é apenas capaz de memorizar um número limitado de informações. A organização da memória humana é geralmente aceita como sendo composta de três áreas distintas e conectadas.

A memória de curta duração é responsável pelo recebimento e processamento inicial de informações. Adicionalmente, ela possui um acesso mais rápido e limitada capacidade de armazenamento. A memória de trabalho tem uma capacidade de armazenamento maior do que a de curta duração. Todavia, o seu tempo de acesso a informações (já armazenadas) é maior, comparado com a primeira. Quanto a memória de longa duração, que é aquela que retém todo o conhecimento de um indivíduo, possui um tempo de acesso (para recuperação de informações) muito maior comparado às demais. Ela também é conhecida como memória permanente. Contudo, desde que os seres humanos esquecem algumas coisas, tem-se que seus mecanismos de recuperação não são totalmente confiáveis.

Finalizando, não podemos nos esquecer do que dizia Confúcio......Bem, ele dizia......O que mesmo ele dizia?........Acho que me esqueci, teria sido melhor escrever.

3:49 PM  

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