10.8.07

Pai descendo no paraíso

Mesmo com todos os clichês imagináveis com a proximidade de uma data festiva, e mesmo não sendo muito afeito a escrever sobre temas pré-definidos, vou escrever sobre o dia dos pais e algumas reflexões que esse assunto traz.

Nesse domingo, caros seis leitores, será o meu primeiro dia dos pais com Dora. Quem acompanha esse humilde espaço virtual sabe o sufoco que passamos com ela, e sabe também de toda a força que recebemos dos nossos familiares e dos amigos. Não vou recontar aqui a história, pois, como diz o poeta; águas passadas não movem moinhos. Quem está por fora, e quiser se inteirar pode ler os postes anteriores.

A data é apenas uma convenção - convenhamos - como todos sabem. Mas a chegada desse dia suscita sentimentos que praticamos (ou que pelo menos deveríamos praticar) no dia-a-dia. Aquela alegria de ver seu filho(a) se desenvolvendo, com saúde, aprendendo diariamente pequenas coisas e nos ensinado outras tantas. Essas enormes, penso.

Aquela alegria que somente quem é pai conhece. E digo isso sem titubear. E sem medo dos clichês, esses monstros que já não me assustam mais. Depois que você se torna pai, aprende que essas bobagens são fruto de sua imaginação; às vezes nem tão fértil.

A natureza também foi generosa com nós, os pais. Ser pai é não saber o que é carregar um filho nove meses na barriga, e ainda assim amá-lo como se tivesse passado por essa experiência, que eu creio, ser única no mundo. Ser pai é não ter como amamentar um filho, mas mesmo assim querer alimentá-lo à todo custo. Ser pai é não poder tirar licença do trabalho por quatro meses, e mesmo assim dar um jeito de não sair de perto da cria.

Esse domingo tem um gosto diferente. Tem um gosto de início de vida, de festejos, das tão surradas tradições, essas que temos esquecido ao longo do tempo e que servem tão somente para reunir as pessoas queridas. Penso em meu pai. Que um dia foi somente filho, e que hoje é filho, pai e avô. Aí penso nos meus avôs que um dia foram filhos e foram pais e depois...

Esse domingo tem um saboroso gosto de continuidade...

E ainda dizem que agosto é o mês do desgosto.



Dedico, com carinho, esse texto a Daniel, pai de Pedro de cinco anos, a Lucas, pai de Raoni de cinco meses e a Flávio, pai de João Guilherme que nasce no próximo mês.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

nms sfkjr~ÇQA,X.S,FMFBM

traduzindo:

"te amo, papailinho!"

Dora

11:21 AM  

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