Poeminha Andarrrrrrilho Sonhador
Hoje me deu uma vontade danada de escrever.
Aí parei, respirei fundo, contei até dez e a vontade passou.
Ainda bem.
Por pouco não fui atacado mais uma vez por essa coisa voraz que tenta romper as barreiras de meu cérebro e sair pelo mundo, solto, em debandada.
Essa coisa que não sei o nome, mas que me assola vez em quando. Eita lá...
Preferiria escrever um poema, ou um poeminha como diria o meu amigo (e de quem não é) Vinícius de Moraes.
Hoje eu acordei mais cedo, tomei sozinho um copo de suco de anteontem que estava apurado na geladeira.
Sonhei com meus filhos e tentei pensei mais um pouco sobre as palavras. Aquelas primeiras que eles dirão.
A minha foi Peixe, você sabe qual foi a sua?
Não se lembra?
Pergunte aos seus pais.
Lá vem o ônibus. O Avenida do Forte. Bem que ele poderia ser chamado de Cingapura-Avenida do Forte, de tão demorado que é pra passar um...
Peguei o troco; quarenta centavos.
Dá pra comprar um elefante branco ali na esquina da razão com os sonhos.
Onde perdi meu juízo e até hoje procuro com a desculpa de dizer que vou comprar novos óculos, para esses olhos que oxalá meus deus, não precisem jamais de contato com lentes.
Atravesso fora da faixa, mas ela - a faixa - faz um esforço e se desloca, teima em passar por baixo dos meus pés, esses que há muito tempo já não tocam o chão.
Aí parei, respirei fundo, contei até dez e a vontade passou.
Ainda bem.
Por pouco não fui atacado mais uma vez por essa coisa voraz que tenta romper as barreiras de meu cérebro e sair pelo mundo, solto, em debandada.
Essa coisa que não sei o nome, mas que me assola vez em quando. Eita lá...
Preferiria escrever um poema, ou um poeminha como diria o meu amigo (e de quem não é) Vinícius de Moraes.
Hoje eu acordei mais cedo, tomei sozinho um copo de suco de anteontem que estava apurado na geladeira.
Sonhei com meus filhos e tentei pensei mais um pouco sobre as palavras. Aquelas primeiras que eles dirão.
A minha foi Peixe, você sabe qual foi a sua?
Não se lembra?
Pergunte aos seus pais.
Lá vem o ônibus. O Avenida do Forte. Bem que ele poderia ser chamado de Cingapura-Avenida do Forte, de tão demorado que é pra passar um...
Peguei o troco; quarenta centavos.
Dá pra comprar um elefante branco ali na esquina da razão com os sonhos.
Onde perdi meu juízo e até hoje procuro com a desculpa de dizer que vou comprar novos óculos, para esses olhos que oxalá meus deus, não precisem jamais de contato com lentes.
Atravesso fora da faixa, mas ela - a faixa - faz um esforço e se desloca, teima em passar por baixo dos meus pés, esses que há muito tempo já não tocam o chão.
4 Comments:
Eu demolei a fala....
Segundo minha mãe, minha plimeila palavla foi "ábua" ou seja, água. Isso foi tlês anos depois que nasci. Muitos achalam estlanho a demola pala sai um único sussulá de minha boca.
Depois disso, minha mãe levou-me a uma fonoaudióloga pala ve de que se tlatava. E ai vilam que minha língua ela plesa. Com isso, a ficha caiu....
A língua é folmada essencialmente de músculo esquelético e, nos mamífelos, encontla-se ligada à caltilagem hióide. Como minha hióide é glande, ela plende um pouco mais a minha lígua a mandíbula e aos plocessos estilóides do osso tempolal.
"Por isso que quando esse menino nasceu o médico só faltou esmurrar o bumbum dele para ele chorar..." -Assim falou minha mãe.
E até hoje, depois de válias sessões de fonoaudiologia, sem lesultado, continuo a fala assim.
Tlisteza pala mim, e alegleia pala meus colegas de tlabalho que ficam a zua da minha pessoa.
Ablaço!!!
Não sei exato a palavra qual foi. A primeira. Mas quando pequeno tinha a mania de colocar o "Ri" na frente de algumas palavras. "Vamos tomar banho de ripraia". "Que ripulo danado!"
Foram feitos alguns estudos para detectar o que me acometia, sem sucesso. Ainda bem que isso passou.
Tiago, adorei o comentário dos seus amigos. Morri de rir. Não sei qual a primeira palavra que pronunciei. Nem tenho histórias engraçadas sobre o assunto. Interessante o que você falou sobre a respiração. Sempre fecho os olhos e respiro fundo para escrever. A vontade nunca passa, embora as idéias sempre tentam me escapar. É bom as duas coisas ao mesmo tempo. Inspiro e expiro para buscar o equilíbrio, mas pouco funciona(risos)... Um abraço carinhoso da colega
Meu caro,
O caso é que as palavras são nomes, sendo objetos ou sentimentos, concretos ou abstratos ambos. E essa "coisa" do nome das "coisas" muito me instigaram. Mas hoje resolvi seguir teu conselho. 1, 2, 3, ..., 10. hummm. E não é que passou mesmo!?
Só não posso ir-me sem deixar algumas palavras sem juízo também. Talvez na próxima conte até 15 ou 20. Enfim...
Na verdade, isso de primeira palavra reproduzida, ou dita, ou gritada, chorada, corda-vocalizada, ou como quiser chamar, seja ou não neo-logismo, talvez não exista. Poderíamos dizer que foi a primeira palavra ouvida e, mais ainda, compreendida por alguém. E mesmo esse alguém pode ter sofrido de uma influência emotiva muito forte, como se é geralmente em casos de primeiras palavras dos filhos. E disso vosmecê conhecerá muitíssimo bem. Talvez, como bem te conheço psicanaliticamente falando, até se emocione com um simples bocejo, aguardando sair de sua pequenota boca uma única poesia, feita de vogais e sorrisos, que seja. Tudo sem previsão. Mas de uma coisa tenha certeza. Uma palavra vai mudar. A tua. Teu nome. A partir de então, te chamarás PAPAI. Eita pá furada...
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