27.6.10

Oitavas

Uma nação que paira no ar com a respiração presa, aguardando e observando.

Assistimos de camarote a França e Itália fracassarem miseravelmente.

Hoje foi a Inglaterra.

Das 07 seleções que já ganharam a Copa do Mundo da Fifa apenas 04 continuam na disputa (curiosamente 03 são sul-americanas), talvez fruto e fato dos jogadores dessas seleções atuarem nos melhores times da Europa, que quase não tem jogadores europeus em seu plantel.

Os hermanos estão atacando perigosamente, mas a defesa deles... Hum... sei não... tenho a impressão que Robinho vai pintar miséria ali, isso se Klose e Muller não o fizerem antes.

Eu ia falar de algo importante, mas me esqueci o que era...

18.6.10

Adeus, José



Hoje é um dia muito triste e estranho. Acabei de ouvir no rádio que José Saramago fez sua última viagem neste mundo. Aos 87 anos, um dos maiores escritores de língua portuguesa, se despediu serenamente de sua família, em casa, na ilha de Lanzarote, nas Canárias.

Não consigo conter as lágrimas. Não apenas por ele, mas por todos nós, seres finitos que somos. A chuva que havia parado voltou a molhar.

Lembro que o primeiro livro que li dele foi um conto. "O Conto da Ilha Desconhecida". Uma pequena história sobre as delicadezas dos desencontros amorosos.

Depois desse já foram mais de 15, e tenho a impressão que um dia chegarei a ler todos os livros que ele escreveu. Inclusive no momento estou lendo o incrível "O Homem Duplicado".

Uma perda inestimável. De todos os escritores que leio, Saramago era o mais próximo, o que falava mais perto, do que imagino ser a vida.

Saramago continuará vivinho da silva. Como disse Salvador Dalí: "Os gênios não morrem jamais".

Adeus, José. Assim simples, tranqüilamente, como a forma que você escolheu para contar tuas grandes histórias e pequenas memórias.

17.6.10

Dias molhados

A chuva deu uma trégua lá fora, mas aqui dentro ainda chove um bocado.

Um chuva fininha, intermitente. Amazonicamente quente.

Que vai aos poucos alagando os charcos da memória e da saudade.

Esses dias molhados que não deixam os olhos secarem.

Tal qual uma salina, imensamente branca, imensamente clara, imensamente estéril.

A chuva deu uma trégua lá fora, mas aqui dentro ainda ando remando para alcançar o outro lado.

A margem oposta do que nunca fui.

Do que sempre me lembro querer ser.

Agora me veio a lembrança de um filme espetacular, com uma canção incrível.

Achei essa versão com fotos e a letra original.

É meio tosco (o vídeo), mas vale pela bela canção.

A filme é de Walter Salles, a música do uruguaio Jorge Drexler.

"Creio ter visto uma luz do outro lado do rio."

Preciso rever esse filme...

8.6.10

Pílulas Comprimidos Compressas


Porque que nós seres humanos gostamos tanto de complicar a vida?

Valei-me minha nossa senhora!

" - Tais aonde?"
" - Tô aqui!"
" - Aqui, onde?"
" - Na tua frente! Tais me vendo não, é?"
" - Tô não..."


Queria muito, agoríssima (como disse Dora certa vez), pegar todos que amo e levar para passear, por aí, sem prazos, sem custos, sem culpas.

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A Coréia do Norte (Kim Jong-il) vai gravar os jogos da sua seleção na Copa, e se achar que o time jogou bem, vai passar trechos editados para a população assistir. Estou pensando seriamente em montar uma ONG com uns amigos turcos e ir lá dar um pau naquele tamborete de zona salafrário de uma figa.

A Copa vai começar e eu ainda não recomecei...

Vejo aqui da janela duas bandeiras exatamente idênticas tremulando ao sabor do mesmo vento, estão presas à mesma grade: duas bandeiras do Brasil.

Dois países, um da delicadeza perdida e o outro da felicidade contida.

4.6.10

"Esse matagal sem fim..."

Retrato da Vida
(Djavan / Dominguinhos)

Esse matagal sem fim
Essa estrada, esse rio seco
Essa dor que mora em mim
Não descansa e nem dorme cedo
O retrato da minha vida
É amar em segredo

Não quer saber de mim
E eu vivendo da tua vida
Deus no céu e você aqui
A esperança é quem me abriga
Esses campos não tardam em florir
Já se espera uma boa colheita

E tudo parece seguir
Fazendo a vida tão direita
Mas e você o que faz
Que não repara no chão
Por onde tem que passar
E pisa em meu coração?

O teu beijo em meu destino
Era tudo o que eu queria
Ser teu homem, teu menino
O ser amado de todo dia.

2.6.10

Volto porque te amo


Caramba!

Quanta coisa fervilhando na cabeça... Eu havia deixado o DE VENETA um pouco esquecido, desde janeiro que não escrevo nada por aqui. Voltei hoje, após carol me dizer que eu deveria voltar. Ela criou um blog muito bacana que me instigou a volta pra cá. O dela é o Cardápio Multicor: http://cardapiomulticor.blogspot.com

Volto devagar, pois já fui e voltei várias vezes, mas nunca abandonei esse espaço. Vi nas postagens antigas que já são 4 anos! Como o tempo voa meu deus!

São muitos assuntos! Que vontade de rever meus amigos, muitos estão longe. Outros estão perto, mas continuam distantes...

Essa pangea afetiva.

Ontem fui com carol assistir ao belíssimo filme "Viajo porque preciso, volto porque te amo." Uma verdadeira poesia sobre o tempo e o amor. Um filme raro. Dá vontade de reve-lo, assim como a um amigo que está distante.

Não deixem de ver! Está passando no cinema da Fundação. Clique no título do post para ver o trailer.

That's all folks!